terça-feira, agosto 07, 2012

Paulo Gama/Poesias

SALPICOS
PAULO GAMA
Estou no Cais do Sodré
com marginais ao pé
prostitutas do meu lado
e um polícia calado
A noite trocou-me as voltas
esqueci-me das minhas revoltas
calei-me com o som de uma guitarra
que tocava numa taberna em fanfarra
Salpicou-se a minha alma
levo a consciência nervosa e calma
parece que estou num cinema
digerir é o meu lema
Espreito e já estou perto de casa
vou na maré vaza
vou tentar dormir
continuo a existir