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Poesias de Paulo Gama
"Salpicos"
Estou no Cais do Sodré
com marginais ao pé
Prostitutas do meu lado
e um polícia calado
A noite trocou-me as voltas
esqueci-me das minhas revoltas
calei-me com o som de uma guitarra
que tocava numa taberna em fanfarra
Salpicou-se a minha alma
levo a consciência nervosa e calma
Parece que estou num cinema
digerir é o meu lema
Já estou perto de casa
Sinto que é de manhã,pela maré vaza
Vou tentar dormir
Continuo a existir