terça-feira, maio 06, 2008

Poesias de Paulo Gama
SALPICOS
Estou no Cais do Sodré
com marginais ao pé
prostitutas do meu lado
e um polícia calado
A noite trocou-me as voltas
esqueci-me das minhas revoltas
calei-me com o som de uma guitarra
que tocava numa taberna em fanfarra
Salpicou-se a minha alma
levo a consciência nervosa e calma
parece que estou num cinema
digerir é o meu lema
Já estou perto de casa
sinto que é de manhã pela maré vaza
vou tentar dormir
continuo a existir
Paulo Gama