domingo, setembro 18, 2011

Paulo Gama(Poesias)
SALPICOS
Estou no Cais do Sodré
com marginais ao pé
prostitutas do meu lado
e um polícia calado
A noite trocou-me as voltas
esqueci-me das minhas revoltas
calei-me com o som de uma guitarra
que tocava numa taberna em fanfarra
Salpicou-se a minha alma
levo a consciência nervosa e calma
parece que estou num cinema
digerir é o meu lema
Vou e já estou perto de casa
Espreito a maré vaza
Quero tentar dormir
para continuar a existir