quinta-feira, julho 01, 2010


Paulo Gama(Poesias)
O sonho
O sonho tornou-se crença
sem remorso e sem recuperação
nem é preciso uma avença
nem precisa de um tostão
O sonho não vive de mesiricórdia
mas todos se interessam por ele
porque não provoca discórdia
mesmo que não se zele
Tem a carne mortificada
mostra os ossos a qualquer mão
não descansa em almofada
usa uma vara de condão
e nunca se precipita
usa forças de outro mundo
é a paz que ele incita
carrega um pensamento profundo
Ás vezes quebra-se sozinho
depois torna a levantar
vive por um caminho
que muitos querem alcançar
Eu sei que ele vive em perigo
e até pode acabar
mas aparece sempre um amigo
para o poder ajudar