segunda-feira, novembro 12, 2007

Paulo Gama(Poesias)
Janela entreaberta
Pela janela do meu quarto,entreaberta,todos os dias recebo como oferta o sorriso do antigo palácio da Pena,o cantar das rolas em hora pequena,o piscar dos olhos da serra,o cheiro das flores e da terra.Pela janela do meu quarto,entreaberta,todos os dias faço uma descoberta,vejo S.Pedro no céu,percebo que tem um véu,alcanço os gatos que vivem nos telhados,oiço os insectos zangados.Pela janela do meu quarto,entreaberta,todos os dias voô para parte incerta,invento a Praia Grande que está longe,canto como um monge,divago a humidade dos vidros,escrevo versos compridos.
Paulo Gama