Para mim a música é uma paixão;e saber tocar um instrumento,compreendê-lo das suas capacidades sonoras,o envolvimento da escrita;tudo isto na COMPOSIÇÃO;é o trabalho da entrega do autor;depende depois de vários factores;o socio-cultural de que estamos rodeados-da minha parte o ambiente e história,clima de Sintra é-me muito inspirador,daí eu nem querer sair desta residência aqui em Portugal.Visitem-me sempre.Até jazz...
sexta-feira, novembro 28, 2008
quarta-feira, novembro 26, 2008
terça-feira, novembro 25, 2008
Zeca Afonso
____________VAMPIROS__________________________
No céu cinzento sob o astro mudo
batendo as asas pela noite calada
vêm em bandos com pés de veludo
chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sizudo
e lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo,eles comem tudo
eles comem tudo e não deixam nada
A toda a parte chegam os vampiros
poisam nos prédios poisam nas calçadas
trazem no ventre despojos antigos
mas nada os prende às vidas apagadas
São os mordomos do universo todo
senhores à força mandadores sem lei
enchem as tulhas bebem vinho novo
dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo,eles comem tudo
eles comem tudo e não deixam nada
No chão do medo,tombam os vencidos
ouvem-se os gritos na noite abafada
jazem nos fossos vítimas de um credo
e não se esgota o sangue da manada
segunda-feira, novembro 24, 2008
terça-feira, novembro 11, 2008
segunda-feira, novembro 10, 2008
terça-feira, novembro 04, 2008
Paulo Gama(citações)
Extraído da colecção 120 anos JN/Grandes Autores Portugueses/Almeida Garret
De vez em quando,a solta massa desta ladainha de chufas e maldições reunia-se e concentrava-se numa trova,grosseira sim mas feita de arte,e que bem mostrava não ser inteiramente espontânea aquela demonstração popular,senão que já tinha sua direcção e contra-regra.Ei-la aqui a trova-ou hino,para falar em língua revolucionária moderna:
Béu,béu,béu!Tira o chapéu,
que aqui vai dom Pêro Cão!
Hão,hão,hão!Sô canzarrão!
Tão ladrão é o bispo como o Pêro Cão.
Caim,caim,caim!
Caim,caim,caim!
Porque ganes tu,meu fiel mastim?
São os caldeireiros que vêm sobre mim.
Deixa-os,deixa-os,Pêro Cão,
disse o bispo ao mau ladrão;
que eu te deito esta benção,
e te faço bispo cão.
Se eu sou bispo barregão,
bispo moiro e mau cristão,
que importa que o seja um cão?
Hão,hão,hão!
Bispo temos barregão;
que importa que o seja um cão?
"O Arco de Sant'Ana"-ALMEIDA GARRET
Extraído da colecção 120 anos JN/Grandes Autores Portugueses/Almeida Garret
De vez em quando,a solta massa desta ladainha de chufas e maldições reunia-se e concentrava-se numa trova,grosseira sim mas feita de arte,e que bem mostrava não ser inteiramente espontânea aquela demonstração popular,senão que já tinha sua direcção e contra-regra.Ei-la aqui a trova-ou hino,para falar em língua revolucionária moderna:
Béu,béu,béu!Tira o chapéu,
que aqui vai dom Pêro Cão!
Hão,hão,hão!Sô canzarrão!
Tão ladrão é o bispo como o Pêro Cão.
Caim,caim,caim!
Caim,caim,caim!
Porque ganes tu,meu fiel mastim?
São os caldeireiros que vêm sobre mim.
Deixa-os,deixa-os,Pêro Cão,
disse o bispo ao mau ladrão;
que eu te deito esta benção,
e te faço bispo cão.
Se eu sou bispo barregão,
bispo moiro e mau cristão,
que importa que o seja um cão?
Hão,hão,hão!
Bispo temos barregão;
que importa que o seja um cão?
"O Arco de Sant'Ana"-ALMEIDA GARRET
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